Com apenas 54 anos soubemos ontem da morte de Enrique Serra em Madrid, lembrado sobretudo pelo seu trabalho como violonista em Rádio do futuro, embora no final dos anos setenta já gravasse com Kaka de Luxe, o grupo que seria como o início da Movida, onde coincidiu com o Alasca, Fernando Márquez "El Zurdo", Carlos Berlanga, Nacho Canut e Manolo Campoamor.
Enrique Sierra, que nasceu em Madrid em 29 de julho de 1957, ingressou na Rádio Futura desde o seu início e estava na refundação do grupo, liderado por ele e Luis e Santiago Auson, com quem ficaria até o fim da banda. Seu violão, em grande medida, definiu o som da Rádio Futura. Ao mesmo tempo, em meio ao sucesso, e devido a problemas de saúde (um rim foi transplantado), ele teve que deixar o direto do grupo.
Em 1995 gravou a solo o álbum "Mentiras" e em 1999 daria forma à Klub, uma experiência eletrônica com Luis Auserón e Pilar Román. Nos últimos tempos, esteve ligado ao seu próprio estúdio de gravação e à web 127.es, concebida como plataforma comercial e alternativa para artistas visuais e musicais.
Enrique Sierra morreu em consequência das complicações derivadas do segundo transplante renal ao qual ele se submeteu há um tempo. No entanto, Enrique será sempre lembrado por ser o co-autor de canções tão essenciais em nosso pop como "A Estátua do Jardim Botânico" ou "Escola de Calor".
fonte: Efe Em